As Grutas de Mira de Aire estão situadas no Maciço
Calcário Estremenho, uma área com cerca de 900 km2 com rochas
calcárias muito compactas e duras.
Foi descoberta em 27 de Julho de 1947,
ano em que foram realizadas as primeiras tentativas de exploração da gruta.
Em 1948 alguns dos primeiros
exploradores resolveram formar a Sociedade Portuguesa de Espeleologia, a
primeira associação portuguesa do gênero.
As Grutas de Mira
de Aire, situadas a 15 quilômetros de Fátima, em Santarém, são as maiores de
Portugal com um percurso de várias centenas de metros.
A profundidade máxima das grutas é de 110 metros.
A ação da água
sobre o calcário leva a que a nível subterrâneo se criem os algares, aberturas
naturais verticais que, ocasionalmente, se desenvolvem na profundidade em
sistemas de galerias, salas e poços, ou seja, grutas.
A gruta foi classificada como imóvel
turístico de interesse público em 20 de Outubro de 1955, tendo aberto as suas
portas ao público a 11 de Agosto de 1974.
Para isso, foi necessário abrir
túneis, fazer ligações entre fendas no solo, colocar iluminação e dotar o
espaço de um sistema sonoro para dar música ambiente e, ainda, dada a
profundidade as grutas, colocar dois elevadores.
Os visitantes
deparam-se, após a entrada, com o primeiro poço, a Sala Grande, assim chamada
dada a imensidão e imponência do espaço, depois, com a Sala Vermelha, que
ganhou esta designação devido ao colorido existente no local.
Depois há uma descida íngreme até à
Galeria.
A seguir, o
visitante percorre centenas de metros através de túneis onde é possível
observar formações calcárias como a Alforreca, os Pequenos Lagos, o Marciano e
o Órgão.
Há ainda pequenos
ribeiros e o Rio Negro, que deságua, em cascata, no Grande Lago. Neste local,
no final da vista, tem lugar um espetáculo de água, luz e som.
As Grutas de Mira de Aire foram eleitas, a 11 de setembro de 2010, como
uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal.