terça-feira, 12 de agosto de 2014

Arquitetura Egípcia - Templos

Os templos egípcios eram edifícios construídos para o culto oficial dos deuses e para celebrar os faraós do Egito Antigo.
  A localização privilegiada no vale do rio Nilo, com terras altamente férteis, devido às cheias anuais do rio, cercado por desertos e montanhas de pedra, também colaboraram para o recolhimento e lapidação das pedras das pirâmides.

A arquitetura egípcia utilizou grandes blocos de pedra na construção dos templos e pirâmides, e adobes (tijolos crus de argila e palha) e troncos de palmeira na arquitetura civil.
Templo de Ísis
O templo de Ísis, um complexo de templos, foi construído na ilha de Philae na época de Nectanebo I, sendo sobretudo uma obra da era Ptolomaica (305 a 30 a.C.).
O Templo de Ísis estava perdido debaixo de água quando a alta barragem de Assuã foi construída na década de 1960. Felizmente, o templo foi resgatado por uma operação conjunta entre o governo egípcio e a UNESCO. 
Em um feito de engenharia que pode ser comparado aqueles dos tempos antigos, toda a ilha foi cercada com uma barragem e toda a água do interior do templo foi bombeada.

Em seguida, cada bloco de pedra do complexo do templo foi rotulado e removido, para que mais tarde o Templo fosse montado novamente, como um quebra-cabeça gigante, no terreno mais elevado da ilha de Agilka.
Todo o projeto levou dez anos e salvou um dos mais belos templos do Egito de destruição certa.

Templo de Abu Simbel



Construído a mando do faraó Ramsés II, no século XIII a.C., Abu Simbel é um complexo arqueológico egípcio que se situava próximo ao lago Nasser. 
Entretanto, com os riscos de inundação dos templos, nos anos 1960 a UNESCO deslocou os monumentos, fazendo com que as bases da montanha do local fossem cortadas e transportadas para o cume, evitando o alagamento das obras.
Ramsés II queria dedicar os dois templos construídos no complexo a si mesmo e a sua esposa favorita, Nefertari.
 No maior dos templos, há uma fachada de 33 m de altura por 38m de largura, com quatro estátuas de vinte metros cada que representam a figura do faraó.
Também há representações dos deuses Ra-Harakhty, Ptah e Amun, pois Ramsés II queria que o povo egípcio voltasse a cultuar mais de um deus.
O segundo templo foi dedicado à Nefertari e possui uma fachada com seis estátuas de 10 metros cada.
A onipresença da figura de Ramsés neste templo era tão grande, que cada estátua era ladeada por duas representações dele, como se ele quisesse proteger sua esposa a todo momento.

Com os esforços da UNESCO para restaurar e manter intacto o complexo Abu Simbel, o monumento foi considerado, em 1979, parte do Patrimônio Mundial.
Templo de Karnak

O Templo de Karnak tem este nome devido a uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares").
 Tudo o que permanece do enorme complexo de santuários e outros edifícios é resultado de mais de dois mil anos de construções. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 km.

 Foi iniciado por volta de 2200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C.
 No maior templo do Egito nenhum pormenor era descurado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000 pessoas.
 O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos, antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias.
 Atualmente é um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam o Egito e pode ser admirado à noite um espetáculo de luz e som.
Os monumentos de Karnak, à margem direita do Nilo, no Alto Egito, próximo a Luxor, integrando sítio histórico de Tebas, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito.
O grande eixo oeste-oeste é balizado por uma série de pátios e pilones; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipostila (É uma grande sala com colunas que sustentam o teto) encerra verdadeira floresta de 134 colossais colunas em forma de enormes papiros. 

Com 21m de altura e diâmetro de 4 m, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão de peso;
http://www.khanelkhalili.com.br/egito/egito396.JPG
 Esfinges de pedra, ao longo do eixo principal, parecem guardar as ruínas.
http://www.khanelkhalili.com.br/egito/egito369.JPG


Templo de Luxor


O Templo de Luxor, foi iniciado na época de Amenófis III e aumentado mais tarde por Ramsés II, só foi acabado no período muçulmano.
  É o único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma Mesquita .
 O rei Ramsés II adicionou à construção original um grande pátio aberto, um pilono, dois obeliscos e estátuas perante o pilono. 
 Em frente do pilono construído por Ramsés II havia dois obeliscos de granito rosado, hoje em dia apenas o obelisco oriental ainda está erecto no seu lugar original, enquanto que o obelisco ocidental foi transferido à Praça da Concórdia em Paris desde 1836.
 O obelisco oriental permanece em frente à entrada do templo tem 22,5 m. de altura, com uma base de 2,5 m. de altura, pesando 257 toneladas.
 O pilono de Ramsés II com 65 m. de comprimento e 24 m. de altura tem a sua fachada decorada de cenas das batalhas ocorridas contra os Hititas, na Ásia. 
 O pátio de Ramsés II está rodeado de uma fila dupla de 74 colunas com capitéis em forma de capulhos de papiros. 
 Na parte traseira do pátio aberto encontra-se uma representação na parede que revela a fachada inicial autêntica do templo do Luxor durante o reinado de Ramses II, com apenas um colosso sentado e duas estátuas a pé, também com um obelisco em cada lado em frente da entrada. 
 Este pátio tem 52 m. de comprimento e 46 m. de latitude. Contem por três lados uma fila dupla de redondas colunas com capitéis na forma de capulhos de papiros.
 Antes de entrar o templo encontram-se duas estátuas colossais representando o rei Ramses II sentado no seu trono, cada estátua tem 14 m. de altura. Também nos lados do cada trono existe uma estátua pequena representando a rainha Nefertari, esposa principal e a favorita pelo rei.
 Durante o reinado de Amenhotep III o templo atinge 190 m. de comprimento, mas após as construções acrescentadas por Ramses II passou a ter 256 m. de comprimento e 54 m. de largura.
 A Sala Hipóstila do templo de Luxor é uma das mais belas salas dos templos egípcios antigos, às vezes está conhecida como o vestíbulo. Consta de 32 colunas gigantescas divididas em quatro filas.
A avenida de esfinges que antecede o portão do templo possui 34 estátuas que representando o rei em forma de um esfinge com cabeça humana e corpo de leão. Esta avenida ligava entre a entrada do templo de Luxor e os templos de Karnak.


Por volta do século II, o templo foi ocupado pelos romanos, mas foi sendo abandonado gradualmente.  Foi coberto pelas areias do deserto, até que em 1881 o arqueólogo Gaston Maspero redescobriu o templo que, se encontrava muito bem conservado.
 Para iniciar a escavação a vila que, entretanto tinha crescido perto do templo teve de ser retirada, apenas permanecendo uma mesquita, construída pelos árabes no século XIII.
 O templo de Luxor é um dos mais fascinantes templos no Egito.









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