Certos lugares nunca serão encontrados em guias
de viagens, embora sejam mágicos, raros e belos. Assim é Socotra, um
arquipélago formado por quatro ilhas - Socotra, Abd Al Kuri, Samha e Darsase.
Localizado no oceano Índico, muito próximo da Somália, na África.
Índios, gregos e árabes desbravaram as ilhas,
hipnotizados pelos aromas de incenso e mirra que emanavam das árvores.
Alexandre Magno, aconselhado por Aristóteles,
teria viajado até lá para curar seus soldados com a famosa babosa de Socotra.
Dizem que a seiva cicatrizante da planta era
usada em emplastros pelos gladiadores romanos.
Portugueses e britânicos chegaram à ilha
dispostos a lutar por sua localização estratégica, mas conviveram em paz,
rendidos por tamanha beleza.
Socotra é uma ilha encantada, um lugar perdido no
tempo, com biodiversidade e clima que sofreu pouca interferência humana.
Em Socotra, 37% das 825 espécies de plantas, 90%
das espécies de répteis e 95% das espécies de caracóis terrestres não existem
em nenhum outro lugar do mundo.
Diante de tamanha
riqueza, a UNESCO declarou a ilha como Patrimônio Natural da Humanidade.
As formações vegetais mais surpreendentes de
Socotra se encontram ao redor dos penhascos.
A paisagem ali é dominada pela Dendrosicyos
socotrana, também conhecida como árvore-de-pepino, uma subespécie da
rosa-do-deserto.
Outra árvore pequena e muito comum na região é a
Euphorbia asbuscula.
Mas
a planta mais emblemática da ilha é a Dracaena cinnabari, conhecida como
sangue-de-dragão. A planta chama atenção não somente pela copa arredondada, mas
por sua seiva avermelhada, usada desde tempos remotos na produção de tinta e
medicamentos.
O arquipélago abriga populações numerosas de aves
terrestres e marinhas, algumas em risco de extinção. Das 192 variedades de
pássaros existentes, 44 se reproduzem nas ilhas e 85 são espécies migratórias
regulares.
A biodiversidade marinha também é rica, com 253
espécies de corais, 730 espécies de peixes e 300 variedades de lagostas,
caranguejos e camarões.
Devido ao clima desértico tropical, a melhor
época para visitar a ilha é entre os meses de outubro e abril, um período de
muito vento e poucas chuvas. Estas se concentram no inverno e em regiões de
altitudes elevadas.
Para evitar a degradação ambiental pelo turismo
de massa não existem resorts em frente à praia, apenas pequenos hotéis e
campings, o que não é um problema para os ecoturistas, que compõem a maioria
dos visitantes da ilha.
Além de sua biodiversidade única, Socotra também
encanta os visitantes com planícies costeiras estreitas, uma meseta de calcário
com cavernas e a cadeia de montanhas Haghier.
Um comentário:
UAU!!!!que lugar mais interessante, parece ter saído de um livro de ficção com aventura. Se pudesse conhecer este lugar um dia ficaria me beliscando o tempo todo, seria um sonho.
Postar um comentário