sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Ilha de Socotra - Misteriosa e estranha!

Certos lugares nunca serão encontrados em guias de viagens, embora sejam mágicos, raros e belos. Assim é Socotra, um arquipélago formado por quatro ilhas - Socotra, Abd Al Kuri, Samha e Darsase. Localizado no oceano Índico, muito próximo da Somália, na África.
 

Índios, gregos e árabes desbravaram as ilhas, hipnotizados pelos aromas de incenso e mirra que emanavam das árvores.

 Alexandre Magno, aconselhado por Aristóteles, teria viajado até lá para curar seus soldados com a famosa babosa de Socotra.
 

Dizem que a seiva cicatrizante da planta era usada em emplastros pelos gladiadores romanos.

Portugueses e britânicos chegaram à ilha dispostos a lutar por sua localização estratégica, mas conviveram em paz, rendidos por tamanha beleza.


Socotra é uma ilha encantada, um lugar perdido no tempo, com biodiversidade e clima que sofreu pouca interferência humana.


Em Socotra, 37% das 825 espécies de plantas, 90% das espécies de répteis e 95% das espécies de caracóis terrestres não existem em nenhum outro lugar do mundo.


Diante de tamanha riqueza, a UNESCO declarou a ilha como Patrimônio Natural da Humanidade.


As formações vegetais mais surpreendentes de Socotra se encontram ao redor dos penhascos.


A paisagem ali é dominada pela Dendrosicyos socotrana, também conhecida como árvore-de-pepino, uma subespécie da rosa-do-deserto.

Outra árvore pequena e muito comum na região é a Euphorbia asbuscula.

 Mas a planta mais emblemática da ilha é a Dracaena cinnabari, conhecida como sangue-de-dragão. A planta chama atenção não somente pela copa arredondada, mas por sua seiva avermelhada, usada desde tempos remotos na produção de tinta e medicamentos.


O arquipélago abriga populações numerosas de aves terrestres e marinhas, algumas em risco de extinção. Das 192 variedades de pássaros existentes, 44 se reproduzem nas ilhas e 85 são espécies migratórias regulares.



 A biodiversidade marinha também é rica, com 253 espécies de corais, 730 espécies de peixes e 300 variedades de lagostas, caranguejos e camarões.

 Devido ao clima desértico tropical, a melhor época para visitar a ilha é entre os meses de outubro e abril, um período de muito vento e poucas chuvas. Estas se concentram no inverno e em regiões de altitudes elevadas.


Para evitar a degradação ambiental pelo turismo de massa não existem resorts em frente à praia, apenas pequenos hotéis e campings, o que não é um problema para os ecoturistas, que compõem a maioria dos visitantes da ilha.



Além de sua biodiversidade única, Socotra também encanta os visitantes com planícies costeiras estreitas, uma meseta de calcário com cavernas e a cadeia de montanhas Haghier.


Um comentário:

Unknown disse...

UAU!!!!que lugar mais interessante, parece ter saído de um livro de ficção com aventura. Se pudesse conhecer este lugar um dia ficaria me beliscando o tempo todo, seria um sonho.